terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A conversa continua, Cozinhas, etc... (7)

Andando pelo sótão, com toda aquela poeira, e escuridão, as idéias precisavam clarear.
Surgiam as perguntas:
Onde seria a cozinha desta casa primordial?
As lembranças do banco da escola permeiam os pensamentos e a figura do Prof. Carlos Alberto de Cerqueira Lemos, melhor, sua lânguida voz, expirada, dizia-nos:
"- A Cozinha Colonial Paulista não fazia parte do programa da edificação principal..."
O seu livro estava no prelo prestes a ser lançado, e nós, os privilegiados, o ouvíamos ao vivo! Sussurrado, em cores e volume.
Achei os vestígios da fuligem que o fumo do combustível depositou na parede e no teto do edifício atual.
Lembro que atualmente, esse local é utilizado como auditório, onde proferi minhas aulas expositivas, embora prefira aulas ao ar livre a que chamo “Escola de Sagres”.
Interessante que a descoberta sugere que a localização é bem coerente com as aulas assistidas na “fila do gargarejo” porque a fala do professor tinha que se ouvida, por sinal era uma das aulas mais silenciosas da escola.
Na faze primordial do edifício, então, como o querido professor ensinou-me, cá está a possível ocupação do sítio e a relação entre o edifício principal e a edícula: a cozinha colonial paulista.
Genuína!
Eis:

Agora já nos podemos dizer íntimos, eu e o edifício...
Eu pergunto e ele, através de suas paredes, gentilmente me responde!

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