sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Pergunta

Nova pergunta: A redução da matéria escura, por força da energia escura, não poderia ser causadora da expansão (inflação) do espaço/tempo? E o resultado disso o surgimento de grandes nuvens de hidrogênio?

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Matéria escura

A ciência evolui conforme as perguntas certas sejam feitas. Sabe-se que a fusão nuclear de 2 átomos de hidrogênio resultam num átomo de hélio e que isso acontece por força da gravidade. Assim, seria a pergunta a seguir uma dessas? "Seria a matéria escura um estado da matéria antes de sua redução a hidrogênio?"

sábado, 15 de outubro de 2016

O contributo Hebraico ao início do Brasil

Os Judeus no início do Brasil ou O contributo Hebraico ao início do Brasil As pesquisas da genealogia da família Ortiz encarregaram-me de tentar desvendar por que nossa História, da nossa nação, nunca foi contada como provavelmente ocorreu e muita omissão de fatos relevantes foram-nos impostos. Nessas pesquisas ficou-me patente ser a intolerância o contributo basal da saga hebraica na História do Brasil. Dois textos destaco dessa pesquisa: O historiador Jaime Cortesão é quem apresenta a versão que mais me convence ser a realidade dos fatos. “O historiador português Jaime Cortesão, no entanto, informa que certo Cosme Fernandes Pessoa ficou no Brasil em 1498 ou 1499, como degredado, trazido numa viagem não oficial de Bartolomeu Dias, de acordo com documento, de 24 de abril de 1499, encontrado em Portugal. Cosme, o lendário 'Bacharel de Cananéia' ou Mestre Cosme, tratava-se de judeu-espanhol, maçom e desordeiro político em Portugal – (Cortesão, Obras Completas Livro III – Os Descobrimentos Portugueses). Cuida tal desterro ao cumprimento do Decreto Real Português, de 5 de dezembro de 1496, que dava aos judeus indesejados prazo de dez meses para abandonar o reino e, muitos dos que insistiram ficar ou não tinham para onde ir, foram presos em 1497 e degredados alguns, como consta no Livro dos Degredos arquivado no museu do Tombo em Portugal, à 25º de latitude na Costa Sul do Grande Mar Oceano, a coincidir com a Ilha do Bom Abrigo – depois Ilha do Meio, a sul de Ilha Comprida no litoral sul paulista de Cananéia (IPeC - Instituto de Pesquisas Cananéia (...) Ano I / Junho de 2002 - n.º 01).” Outro viajante ilustre foi Jean de Léry, um sapateiro que veio em companhia de Villegagnon, adversário dos portugueses que se instalou no Rio de Janeiro, observou com a sua visão de catequista: “Os selvagens, como já disse, são muito vingativos e se enfurecem contra tudo o que os ofende; se dão uma topada, mordem a pedra a dentadas como cães enraivecidos. Por isso perseguindo os animais daninhos libertam deles o país.” “Assim, ao dizer adeus à América, aqui confesso, pelo que me respeita, que, embora amando como amo a minha pátria, vejo nela a pouca ou nenhuma devoção que ainda subsiste e as deslealdades que usam uns para com outros; tudo aí está italianizado350 e reduzido a dissimulações e palavras vãs, por isso lamento muitas vezes não ter ficado entre os selvagens nos quais como amplamente demonstrei, observei mais franqueza do que em muitos patrícios nossos com rótulos de cristãos.” Logo no primeiro texto a constatação de uma História prévia ao “descobrimento” por Cabral. O segundo texto de Jean de Léry teve convívio muito próximo com os tupinambás, adversários do colonizador português. Várias informações suscitam hipóteses interessantes: Por exemplo, o nome Cananéia pode derivar de Cananeu, de Canaã, a terra prometida. Pode, até, não ser esta a interpretação correta, mas todas as circunstâncias tornam muito possíveis essas raízes hebraicas, cristãos-novos – marranos ou anussim. Outra raiz hebraica, bem mais remota, porém possível, o nome da ilha de Santos, Guaiaó. Soa aos ouvidos algo parecido como Goy. Goy, nos primeiros livros da Bíblia hebraica, é palavra usada para descrever os israelitas. Deus promete a Abraão que seus descendentes formariam a Goy Gadol ("grande nação"). Imagino tupinambás a pronunciar goy gadol. Várias corruptelas podem ter levado Goy Gadol a Guaiaó. Temos outra palavra Goiás que significa igual, o semelhante, o pertencente à mesma tribo, provém da palavra tupy, Guayá. E, Ilha de Guaibê poderia ser Ilha de Goy também... No dicionário de Silveira Bueno há na parte da língua tupy, trabalho de Gonçalves Dias, onde Goaimim uirapara, em Nota, surge como uma tradução do português “arco da velha”, estando subentendido da velha aliança. Passagem bíblica em que Jeová após o diluvio faz aparecer o arco nas nuvens. Se Goy naqueles tempos significou o hebreu e Anana, o mesmo que Anã, que significa parente, aliado ou nação, Goyanã , Guayaná, poderia perfeitamente significar nação hebraica. Essas conjecturas, visto que a letra G é pouco usada no inicio das palavras indígenas, são plausíveis. Penso nos 30 anos do uso de uma palavra incorporada no vocabulário indígena por influência de alguém que tenha ascendência sobre os demais... Tenho imensa a curiosidade por saber como ficou a religiosidade desses judeus nessas circunstâncias. Longe da opressão imediata os degredados poderiam cultuar os ensinamentos de Hamishá Humshêi Torá, תורה חמשה חומשי. As provocações acima são boas para bons historiadores pesquisarem e repararem o que se conta como História aqui em Terra Brasilis... e, quem sabe num futuro possível as farsas que por aqui correm soltas não se escafedam para sempre com seus forjadores.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Horizonte Desolador...

É muito triste ver a tragédia anunciada se instalar...

Será que esse desastre vai se consumar!!!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

De volta à Casa onde nasceu o Dr. Oswaldo Cruz

Depois de algum tempo voltamos aos estudos sobre a Casa onde nasceu o Dr. Oswaldo Cruz.

Algumas marcas estão visíveis na empena - que não é a original do edifício - resultaram de inúmeras intervenções que nele ocorreram.
Tais acréscimos que deveriam ser eliminados, porque alteraram a geometria da cobertura e sobrecarregam as taipas de pilão desnecessariamente.

Toda essa parte assinalada em laranja foi acrescida quando se alterou a geometria da cobertura. Tijolos cozidos assentados sobre a taipa de pilão (criou-se um oitão irregular desnecessário)

A parte em laranja prossegue até o final, alterando a geometria da cobertura. A parte assinalada em azul é de outro período, quando houve a incorporação da cozinha ao programa do edifício. Houve, nessa ocasião, a segunda, ou terceira necessidade de alteração da geometria da cobertura.

A geometria de uma cobertura é elemento de fundamental importância para a conservação de um edifício - os de técnicas construtivas com terra são mais delicadas porque se submetidas a tensões que não as axiais, são suscetíveis a sofrerem colapso.

Outra função da cobertura é a proteção à patologia da umidade descendente. Verificamos que a parede está exposta a essa patologia e que o revestimento externo não apresenta mais integridade e que portanto não cumpre mais a sua função adequadamente.

Dedicado aos meus amigos que residem em São Luiz do Paraitinga que, muito mais que nós, sentiram a perda de grande parte daquele maravilhoso patrimônio que não existe mais, infelizmente!
Então, vamos proteger o que restou, antes que tudo se perca!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ignorância sobre as taipas - São Luiz do Paraitinga

IGNORÂNCIA

Mal que aflige a humanidade. Talvez o maior dos males...

(está movendo o mundo..., só não sabemos para onde..., mas, fazemos uma idéia...)
Assim, ocupamos espaços que não deveríamos ocupar, tais como: as várzeas e os cones de deslisamento, etc..
Por conta de nossa ignorância fazemos inúmeras besteiras e nos submetemos aos efeitos, muitas vezes, catastróficos que resultam em: motes de piadas quando o dano é pequeno, vide as videos cacetadas, e quando de grandes proporções, motivo de noticiários das emissoras de radiodifusão - (que em nossa sociedade de espetáculos fatura bem nesses eventos!).
Informar mal é perpetuar a indesejada ignorância.
Vai demorar, se é que em algum lugar ocorrerá, para vermos o que aconteceu realmente em São Luiz do Paraitinga.
Entretanto, antes de comentar os noticiários, consigo fazer uma justiça para com a imprensa:
Quando se noticiou que o pessoal do rafting foi herói no episódio, é verdade inconteste.
Não fossem esses heróis, talvez estivéssemos contando algumas perdas de vidas preciosas.
Concordo: eles foram heróis.
Porém, ouvi na sexta-feira dia 08 de janeiro quando lá estive, de quem jamais deveria ter feito, a afirmação de que a cidade estava destruída porque erigida com terra. (Para os mais ignorantes ainda, barro!)
Só para registro um pouco mais correto, vi nos escombros muita taipa, sim. Mas, também vi muitos tijolos, blocos cerâmicos, concreto e blocos de cimento. O desastre foi imenso!
Da biblioteca pública é lastimável a perda do acervo, em grande parte proveniente das doações do Prof. Aziz Nacib Ab'Saber. Menos lastimável foi a perda da edificação que não resistiu e ruiu. Esse prédio não tinha a ver com o patrimônio da cidade, nem na forma, única na praça fora do alinhamento do terreno, e nem dos materiais e técnicas construtivas: da estrutura em concreto, às paredes em tijolos comuns e tijolo baiano.
Registre-se para o futuro:
A imagem de N. S. das Mercês, em terracota, por exemplo, quebrou devido a choques, mas não derreteu com o longo contato com a água, como a ignorância talvez esperasse. A restauração dessa preciosa peça manterá sua autenticidade com relativa facilidade, graças ao bom trabalho de seu criador.


Existem Taipas e taipas:
As taipas com diversos traços para estabilização do solo foram submetidas a muitos e diversos ensaios no CEPA, como parcialmente mostram as poucas fotos abaixo:
Teste de ruptura de corpo de prova

O que interessa mais neste artigo foi o teste de imersão em água:
Algumas amostras realmente dissolveram-se...


Algumas apesar de muito úmidas, mantiveram a forma...
Outras, como essa abaixo, eleita para traço em nossas edificações no CEPA, apesar das 48 horas de imersão, ao final desse período ficou assim:


Algumas paredes do módulo iniciado em 2003 e que só agora concluímos, foram ao longo desse período submetidas às muitas chuvas sem proteção alguma.
Lá no CEPA nós ensinamos em cursos como fizemos!

SERÁ:
Será que a ignorância, que queimou gente inocente na fogueira, vai conseguir queimar também a taipa como material construtivo?
Será que teremos o mesmo espaço para divulgarmos o nosso trabalho?
(Não alimento esperança alguma, infelizmente)
Será que o resto do mundo onde se faz pesquisa dessa técnica construtiva, e, onde normas técnicas foram criadas, está errado?
Será que sempre será preciso perdermos muito para nos procuparmos um pouco com o nosso patrimônio cultural?
Será?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Modelo vencido

O que não se fizer por bem (ou como dizem hoje: de boa!), a natureza dá o destino...
E, não é revanche ou vingança, que são valores criados pelas ilações humanas.
É a natureza que incompreendemos e que consequentemente mistificamos.
Trato aqui do modelo de urbanização vencido.
Se habitar significa abrigo, proteção, então o sistema urbano vigente não cumpre sua primordial finalidade.
Sob diversos aspectos que o analisemos, vemos exatamente o contrário.
Especificando-se apenas um dos aspectos das possíveis análises: assistimos seguidas enchentes nos nossos centros urbanos.
Por que só pensamos em adiar as catástrofes anunciadas?
Criamos artifícios para esticar situações insustentáveis, por exemplo, em São Paulo os piscinões enterram uma montanha de recursos sabendo-se previamente que não é solução. É admirável, ou não é? Enquanto isso não gastamos um centavo no que tem que ser feito.
Enquanto mantivermos o sistema de utilização dos rios como condutores dos esgotos urbanos, alimentaremos a insustentabilidade da urbe. Uma urbe que não atende sua função.
Patrimônio material falido é o que esticamos. A idéia absurda é que a sujeira que não é vista não existe. Somos e nos reduzimos a avestruzes.
Pergunta a responder: Queremos continuar a ser avestruzes? (estes que me perdoem!)
Ao defendermos a posição de que, nesse aspecto, os nossos rios precisam emergir do subterrâneos e cumprir sua função de rio, apenas – o que não é pouco.
Um rio tem que ser um meio de vida e não de morte.
Essa posição, de que não arredo pé nunca, é tida, por uma imprensa comprometida com esse modelo vencido, como uma posição romântica.
Eu considero a posição dos que defendem esse modelo vencido de dramática, para não rotulá-la como de sado-masoquista.
Venceu, venceu, acabou-se!
Como trocar o pneu do carro andando? Foi a pergunta risível do repórter que entrevistou minha colega e contemporânea de estudo de urbanismo, Raquel Rolnik, de quem à distância conheço e adimiro a árdua luta para a quebra dos tais paradigmas vigentes.
Envio um recado aos que nos querem avestruzes: ou aprendemos a trocar o pneu do carro andando, ou o carro vai capotar! – Aliás, já está, infelizmente a capotar há bom tempo, se não percebemos ainda.
Vemos também o diálogo enveredar por uma questão: Verticalizar ou horizontalizar?
Verticalizar – tido como postura de abrandamento por uns – pode significar aumento da tal carga de esgoto numa rede que deveria apenas conduzir as águas pluviais.
O dilema parece difícil de ser resolvido: vertical ou horizontal? Qual é o caminho?
A pergunta é que não é a correta. Se for essa a questão, a resposta é fácil e triste de ser transmitida:
Nas condições atuais, tanto faz, ambas são péssimas. A conta virá.
O problema é o modelo de urbanização vencido.
O que vale no nosso modelo é ter, e não ser.
Quando realmente quisermos ser, as soluções serão facilmente implementadas.
Os rios serão rios, as águas servidas serão tratadas, ou pelo menos pré-tratadas antes de serem lançadas nos efluentes.
Romântico, mas plenamente realizável, por que não?
Nos dias de passeatas contra a ditadura imposta pelo golpe militar, jamais sonhei que o nosso país um dia pudesse sair das amarras do FMI, quanto mais emprestar dinheiro a ele!
E, é justamente no governo de quem disse que o caminho era um sonoro “cano” no FMI que assisto nosso país ancorar uma crise mundial. Impensável na minha juventude romântica...