sábado, 15 de outubro de 2016

O contributo Hebraico ao início do Brasil

Os Judeus no início do Brasil ou O contributo Hebraico ao início do Brasil As pesquisas da genealogia da família Ortiz encarregaram-me de tentar desvendar por que nossa História, da nossa nação, nunca foi contada como provavelmente ocorreu e muita omissão de fatos relevantes foram-nos impostos. Nessas pesquisas ficou-me patente ser a intolerância o contributo basal da saga hebraica na História do Brasil. Dois textos destaco dessa pesquisa: O historiador Jaime Cortesão é quem apresenta a versão que mais me convence ser a realidade dos fatos. “O historiador português Jaime Cortesão, no entanto, informa que certo Cosme Fernandes Pessoa ficou no Brasil em 1498 ou 1499, como degredado, trazido numa viagem não oficial de Bartolomeu Dias, de acordo com documento, de 24 de abril de 1499, encontrado em Portugal. Cosme, o lendário 'Bacharel de Cananéia' ou Mestre Cosme, tratava-se de judeu-espanhol, maçom e desordeiro político em Portugal – (Cortesão, Obras Completas Livro III – Os Descobrimentos Portugueses). Cuida tal desterro ao cumprimento do Decreto Real Português, de 5 de dezembro de 1496, que dava aos judeus indesejados prazo de dez meses para abandonar o reino e, muitos dos que insistiram ficar ou não tinham para onde ir, foram presos em 1497 e degredados alguns, como consta no Livro dos Degredos arquivado no museu do Tombo em Portugal, à 25º de latitude na Costa Sul do Grande Mar Oceano, a coincidir com a Ilha do Bom Abrigo – depois Ilha do Meio, a sul de Ilha Comprida no litoral sul paulista de Cananéia (IPeC - Instituto de Pesquisas Cananéia (...) Ano I / Junho de 2002 - n.º 01).” Outro viajante ilustre foi Jean de Léry, um sapateiro que veio em companhia de Villegagnon, adversário dos portugueses que se instalou no Rio de Janeiro, observou com a sua visão de catequista: “Os selvagens, como já disse, são muito vingativos e se enfurecem contra tudo o que os ofende; se dão uma topada, mordem a pedra a dentadas como cães enraivecidos. Por isso perseguindo os animais daninhos libertam deles o país.” “Assim, ao dizer adeus à América, aqui confesso, pelo que me respeita, que, embora amando como amo a minha pátria, vejo nela a pouca ou nenhuma devoção que ainda subsiste e as deslealdades que usam uns para com outros; tudo aí está italianizado350 e reduzido a dissimulações e palavras vãs, por isso lamento muitas vezes não ter ficado entre os selvagens nos quais como amplamente demonstrei, observei mais franqueza do que em muitos patrícios nossos com rótulos de cristãos.” Logo no primeiro texto a constatação de uma História prévia ao “descobrimento” por Cabral. O segundo texto de Jean de Léry teve convívio muito próximo com os tupinambás, adversários do colonizador português. Várias informações suscitam hipóteses interessantes: Por exemplo, o nome Cananéia pode derivar de Cananeu, de Canaã, a terra prometida. Pode, até, não ser esta a interpretação correta, mas todas as circunstâncias tornam muito possíveis essas raízes hebraicas, cristãos-novos – marranos ou anussim. Outra raiz hebraica, bem mais remota, porém possível, o nome da ilha de Santos, Guaiaó. Soa aos ouvidos algo parecido como Goy. Goy, nos primeiros livros da Bíblia hebraica, é palavra usada para descrever os israelitas. Deus promete a Abraão que seus descendentes formariam a Goy Gadol ("grande nação"). Imagino tupinambás a pronunciar goy gadol. Várias corruptelas podem ter levado Goy Gadol a Guaiaó. Temos outra palavra Goiás que significa igual, o semelhante, o pertencente à mesma tribo, provém da palavra tupy, Guayá. E, Ilha de Guaibê poderia ser Ilha de Goy também... No dicionário de Silveira Bueno há na parte da língua tupy, trabalho de Gonçalves Dias, onde Goaimim uirapara, em Nota, surge como uma tradução do português “arco da velha”, estando subentendido da velha aliança. Passagem bíblica em que Jeová após o diluvio faz aparecer o arco nas nuvens. Se Goy naqueles tempos significou o hebreu e Anana, o mesmo que Anã, que significa parente, aliado ou nação, Goyanã , Guayaná, poderia perfeitamente significar nação hebraica. Essas conjecturas, visto que a letra G é pouco usada no inicio das palavras indígenas, são plausíveis. Penso nos 30 anos do uso de uma palavra incorporada no vocabulário indígena por influência de alguém que tenha ascendência sobre os demais... Tenho imensa a curiosidade por saber como ficou a religiosidade desses judeus nessas circunstâncias. Longe da opressão imediata os degredados poderiam cultuar os ensinamentos de Hamishá Humshêi Torá, תורה חמשה חומשי. As provocações acima são boas para bons historiadores pesquisarem e repararem o que se conta como História aqui em Terra Brasilis... e, quem sabe num futuro possível as farsas que por aqui correm soltas não se escafedam para sempre com seus forjadores.

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