sábado, 2 de janeiro de 2010

2010 - Reflexões : 01 O Fim do Mundo (um texto em construção)

Começou 2010!

E, chove!

Evidentemente, o ano começou muito bem para alguns, mas muito mal para aquela parcela da população que sempre é a primeira a ser chamada quando a fatura é resgatada.

Refiro-me à queles que não tendo melhor sítio para morar, vão parar nas encostas, equilibrando-se em "cordas-bambas".

Somente no Rio - o maravilhoso Rio de Janeiro - contam-se as vítimas às dezenas...

Mas, o que tem esse fato com o tema: "O Fim do Mundo"?

Poderia ser interpretado como o lugar onde essas populações menos favorecidas vão morar: no fim do mundo!

Seria uma boa interpretação, porque, afinal, eles moram mesmo lá!

E, para essas dezenas de pessoas, foi, realmente, o "Fim do Mundo". Foram-se dele... Idiota e bestamente!

O "Fim do Mundo", que alguns esperam para 21 de dezembro de 2012, é sobre o qual reflito:

No passado, o fim do mundo ocorreria em 19 de maio de 1910. Foi quando o cometa Halley passou próximo da terra e enriqueceu charlatães com a venda de máscaras de gás, garrafas de oxigênio e até comprimidos milagrosos. Situação risível para nós que já temos pouco mais de meio século de história astronáutica e mais de quarente anos de que humanos pisaram outro corpo celeste. Para espanto de quem ainda não acredita - pasme-se, mas tem gente que acredita que tudo não passou de uma montagem hollywoodiana...
Sou muito curioso para saber o que pensam quando um jornalista do JN passa o dedo na tela e arrasta um quadro para o centro do campo da tela de projeção, depois com dois dedos amplia a imagem e conversa ao vivo com o reporter. O que acontece todos os dias atualmente - êta filme bem feito!!! É TUDO TRUCAGEM, diriam...
A tecnologia é bonita e sedutora!

Já aguardamos O FIM DO MUNDO na virada do milênio - outros aguardaram o "bug do milênio" - no começo de 2001, e nada aconteceu, só se frustaram os vendedores de catástrofes...

Afinal, para nossa felicidade, a grande catástrofe não ocorreu!

Parêntese para uma estória curiosa:

Um mestre de obras que trabalhou comigo, não declino o nome porque não fui autorizado, mas para termos um nome, lá vai um postiço: João.

João juntou sua família no dia 31 de dezembro de 1999, data em que ele estava convencido seria o último dia. Pegou a Bíblia e no sofá da sala aguardou o Juizo Final. Aguardou lendo o livro do Apocalipse, aguardou, aguardou, e só aguardou...
Em 2005 quando juntos trabalhamos ele me segredou essa estória.

Assim estão as pessoas, todos ou pelo menos os que acreditam: Joãos.


Então, qual é o real significado dessa certeza que nos guia: "Fim do Mundo"?


Um dia vai acabar mesmo, mas está tão distante que não é esse fim do mundo a que me refiro, não tenho alcance para imaginar...

O Sol entra em colapso e expande-se e envolve a Terra, Marte, etc... Isso é fácil imaginar, porque é evento inexorável.


Difícil imaginar até quando vai haver condições de habitabilidade (abrigo à vida) em nosso planeta. Levando-se em consideração apenas as condições naturais.
A idéia do mesmo pensamento, porém no sentido inverso é que me move agora:
Quando a Terra vai perder a condição de habitabilidade?

Novo parêntese:


Há os que acreditam que antes desse evento, já haveremos de estar longe, já habitaremos outros mundos...

Talvez, mas com muita desconfiança de minha parte...

Esse pensamento me conduz a outro:

No(s) mundo(s) em que o ser humano supostamente estará, em que condições isso poderá ocorrer?

Será que vamos conseguir um planeta que abrigue uma diversidade de vida como a que temos aqui?

Atmosfera, água potável, flora e fauna...

Vou tomar emprestado um exemplo, o da nossa colonização para termos uma idéia de riscos:

O isolamento de uma parte da espécie humana, os índios que aqui estavam, foram dizimados, quando não pelos petardos (ações artificiais) , pelo simples contato com doenças que não tinham (ações naturais).

Isso ocorreu aqui na nossa Terra, no nosso planeta comum!

Ora, o mundo em que vivemos agora é nossa única realidade, os outros mundos são mera especulação. Se almejamos mundo melhor para vivermos, então façamos deste - que é o que temos - o melhor dos mundos!





A idéia de salvamento da humanidade permeia e predomina na sociedade de espetáculos!

Há quem aposte suas fixas na tecnologia. E, não são poucos os que desfilam nessas paragens.

Não será a tecnologia que vai salvar a humanidade.

O que nos salvará será o aprimoramento de nossas relações sociais:

tolerância das diferenças, preservação e culto à diversidade e à cordialidade.

Somos muitos e cada vez mais, cada vez mais diferentes...


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